15 dezembro, 2007

imposto ou não imposto

Lendo textos acerca da CPMF, defensores ou não, fico aqui pensando como nosso ponto de vista é mais importante que qualquer manobra política ou ajustes programáticos de governo. Ora, pontuemos: (1) a CPMF foi o imposto provisório mais permanente que já se ouviu; (2) não há dúvidas, porém, de que se trata de uma contribuição não burlante pelos escritórios de advocacia; (3) a sua origem rememora a necessidade de orçamento para garantir as mudanças necessárias ao setor saúde; (4) por todo o tempo de existência da contribuição “provisória”, o destino da verba à saúde representava menos de 20% do total arrecadado; (5) será que é pouco, com variação entre as classes sociais, destinarmos quase 60% de tudo que ganhamos em impostos de toda ordem? Vários outros pontos podem ser lançados.

Seja no supermercado, no estacionamento, no iptu, no restaurante, na roupa, sobre a renda... em qualquer situação estamos contribuindo, somos essencialmente contribuintes. E a quê, pergunto. Afora isso, precisamos pagar plano de saúde para assistência médico-hospitalar (entendo que isso representa a parte menos importante da saúde: assistência); precisamos pagar seguro do carro, da casa; pagar escola para os filhos etc etc etc. Mas o governo vai fazer cortes! Reconheço que é necessária a garantia de insumos, mas vamos primeiro utilizar o que se dispõe (e é muito) de forma sensata. Vamos parar de dizer que não há dinheiro. Ele só não vai para onde deveria. Pense: metade do que você ganha destina-se a alguma esfera do governo. E somos muitos!

12 dezembro, 2007

sobre o conhecimento

Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade.

São Tomás de Aquino

15 novembro, 2007

comentário ou discurso?

considero pesquisa com animais um modelo experimental irracional, principalmente porque a maioria esmagadora de pesquisas realizadas com animais é desnecessária por essência, sendo muitas vezes objeto de auto-afirmação de pesquisadores, que buscam, através de pesquisas tupiniquins, demonstrarem que detêm, ou melhor, que produzem conhecimento.

A concepção de "cientista" que a carreira acadêmica utiliza é deturpada. Basta fazer uma breve busca em sites de publicação científica, para identificar o sem fim de estudos sem propósito, que em geral são frutos de trabalhos de graduação ou de mestrado, que resultam da obrigatoriedade do sistema educacional e não de aptidão ao desenvolvimento intelectual ou desejo de encontrar respostas, mesmo que parciais, a temas ainda não elucidados e que necessitam serem esclarecidos.

Não há evidência de ganho acadêmico-intelectual através do uso de animais em pesquisa que me torne razoável à compreensão dessa atrocidade. Além de tudo, se dissecar animais, expô-los a situações extremas, induzi-los a uso de drogas e outras substâncias etc, favorecesse à compreensão desses mesmos mecanismos no homem, poderíamos ir ao veterinário, quando em situação de doença, ou levar nossos cães ao pediatra. Ou seja, além de cruel, é inútil.

Discurso docente com alma discente! Extremista, se considerarmos as bases ético-filosóficas, que norteiam a compreensão do questionamento parcimonioso. Há quem tenha argumentos para rebater meus preceitos, mas eles não me convencem.

17 outubro, 2007

Adoramos a idiotia!

Preciso anunciar que o aviso clássico, que funciona como dica de segurança imprescindível, existente nas poltronas dos aviões, acima da bolsa que contém revistas e coisas do gênero, deixam-me muito mais tranqüila, durante os vôos domésticos no Brasil, dadas as circunstâncias em que atualmente estes acontecem: “use o assento para flutuar, em caso de pouso na água”. Nem o fato de não saber nadar assusta-me, após tanta objetividade!

28 setembro, 2007

Festival Internacional de Humor e Quadrinhos, versão 2007


Entres os dias 16 de setembro e 07 de outubro, acontece em Recife o Festival Internacional de Humor e Quadrinhos (FIHQ), versão 2007. A exposição ocorre nas dependências da Torre Malakoff, no Bairro do Recife.

Pela segunda vez consecutiva participo do evento, que traz não só arte e entretenimento, como também, ou principalmente, a reprodução de uma realidade social, que permite a reflexão de situações cotidianas, como: guerras, corrupção, violência urbana, analfabetismo, sub-educação, desemprego, fome, miséria. Em geral, o discurso acerca dessa realidade é improdutivo, não funcional. Tem sua importância no momento em que está sendo noticiada, após isso, há uma certa tendência em focarmos o próprio umbigo. Em contrapartida, a apresentação caricata fornece muito mais meios de tecer pensamentos producentes, aliás, como é próprio das charges.

Se você mora pelos arredores ou na capital pernambucana, passa lá. Se estiver de passagem, recomendo uma visita. Se mora longe, vale a pena fazer a viagem. A própria Torre Malakoff e a vista que se tem do seu terraço, já motivam. Imagine abrigando arte e diversão?

Aproveitem!

01 abril, 2007

leia-se muito

Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós mesmos.

Franz Kafka