15 novembro, 2007

comentário ou discurso?

considero pesquisa com animais um modelo experimental irracional, principalmente porque a maioria esmagadora de pesquisas realizadas com animais é desnecessária por essência, sendo muitas vezes objeto de auto-afirmação de pesquisadores, que buscam, através de pesquisas tupiniquins, demonstrarem que detêm, ou melhor, que produzem conhecimento.

A concepção de "cientista" que a carreira acadêmica utiliza é deturpada. Basta fazer uma breve busca em sites de publicação científica, para identificar o sem fim de estudos sem propósito, que em geral são frutos de trabalhos de graduação ou de mestrado, que resultam da obrigatoriedade do sistema educacional e não de aptidão ao desenvolvimento intelectual ou desejo de encontrar respostas, mesmo que parciais, a temas ainda não elucidados e que necessitam serem esclarecidos.

Não há evidência de ganho acadêmico-intelectual através do uso de animais em pesquisa que me torne razoável à compreensão dessa atrocidade. Além de tudo, se dissecar animais, expô-los a situações extremas, induzi-los a uso de drogas e outras substâncias etc, favorecesse à compreensão desses mesmos mecanismos no homem, poderíamos ir ao veterinário, quando em situação de doença, ou levar nossos cães ao pediatra. Ou seja, além de cruel, é inútil.

Discurso docente com alma discente! Extremista, se considerarmos as bases ético-filosóficas, que norteiam a compreensão do questionamento parcimonioso. Há quem tenha argumentos para rebater meus preceitos, mas eles não me convencem.

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